segunda-feira, 6 de julho de 2009
POESIAS EM EXERCÍCIOS DA VOZ
RETRATOS FALADOS (Nº 1)
O NASCIMENTO DE THEMIS...
Quando Themis surgiu, abriu-se a rosa
E arco-íris rebrilhou no Paraíso,
Iniciou-se uma era esplendorosa
E o mundo conheceu o que é o sorriso.
Quando Themis surgiu, nasceu o dia
E o sol se reabriu, claro e preciso,
Inaugurou-se a Era da Poesia
E o som ganhou um tom novo e incisivo.
Quando Themis surgiu, em nova Era,
A beleza deixou de ser quimera,
E o sonho fez florir o campo e o prado,
Por graça de um amor sempre esperado.
Tudo que fora triste refloriu
O que fora cadente ressurgiu
Revestiu-se de sonho o mês de abril
Simplesmente porque Themis sorriu...
Assis, 29 de junho de 2009
Antônio Lázaro de Almeida Prado
RETRATOS FALADOS (Nº 2)
GILDA DE MELLO E SOUZA E A MODA
Gilda nos ensinou
Quanto a mulher eterna
Concede graça e estilo
À veste que a envolve.
E, bem documentada,
Captou, com fina argúcia,
A moda parisiense
Ou o feitiço plástico
Das belas paulistanas.
É que ela praticava
As multiformes faces
Da requintada arte,
Com elegância própria.
Por ciência, ou por instinto,
Por sábia e ardilosa,
Nascida para o brilho
Da graça feminina,
Falou com propriedade
Do encanto da mulher,
Que ela compendiou,
Mas preservou a fórmula,
Que só a mulher conhece...
Mestre Roger Bastide
Viu sempre, com alegria,
A excelsa maestria
Da talentosa aluna.
Mas é que, sempre, ela,
Esperta e bem atenta
Com Baudelaire sabia
Que quando a mulher anda
Ela, de fato, dança.
Assim, aluna e mestra,
Com atenção acesa,
Ao cultivar a moda
Viu que a mulher enfeita
Com sua graça eterna
A roupa que a reveste,
Sendo ela que dá forma
E superior fascínio
À moda metamórfica...
Que a moda é transitória
Mas a mulher é eterna...
Assis, 7 de novembro de 2007
Antônio Lázaro de Almeida Prado
RETRATOS FALADOS (Nº 3)
SÔNIA MARIA RIBEIRO WOLF
Ela nasceu destinada
À mais completa elegância
Com graça, predestinada,
Da infância.
Nasceu, cresceu com presteza,
Para viver em altitude,
E converter a beleza
Em virtude.
Nasceu, com graça irradiante,
Que lhe confere nobreza,
Propagando, a todo instante,
Gentileza...
Assis, 21 de agosto de 2007
Antônio Lázaro de Almeida Prado
.
COMPARTILHADO
Solitário indivíduo estendo pontes
E solidário me faço além do espaço
Exíguo deste corpo agreste e lasso,
Navegando para além dos horizontes.
Compartilhada vida só em parte
Pois que, por outra parte, fujo à ilha,
E desfruto a perpétua maravilha
De à angusta solidão fugir com arte.
Solitário, mas sempre solidário,
Fugindo ao tempo precário e repartido,
No bem do amor encontro o meu sacrário
E tudo o que é bem meu eu condivido
Não vendo noutro ser algo contrário
Mas o que faz o inferno suprimido.
Assis, 15 de junho de 2007
Antônio Lázaro de Almeida Prado
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Interlúdio paulistano (1)
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Interlúdio paulistano (2)
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