segunda-feira, 6 de julho de 2009
EXERCÍCIOS DA VOZ
Antônio Lázaro de Almeida Prado
De volta à base...
Num sábado, 5 de fevereiro de 1944, o Diário de Piracicaba publicou o meu primeiro artigo. De lá para cá, dirigi jornal escolar, dirigi em São Paulo o jornal democrata-cristão Libertação, publiquei artigos literários no Jornal de Piracicaba, colaborei em revistas literárias, etc, etc.
São 65 anos “de janela”, dos quais, desde 1959 venho publicando Resenhas Literárias Jornalísticas, e crônicas Assisenses.
Há cerca de uns três meses tive de dedicar-me, exclusivamente, a cuidar do melhor dos bens, de que a Providência nos dotou, a Saúde.
Estou, aos poucos, retomando algo, que está entranhado em mim desde criança: ler (muito), escrever poemas e dedicar-me inteiramente às comunidades onde nasci, ou onde estudei: Piracicaba, Campinas, São Paulo, Assis.
Como Professor Universitário escrevi Artigos Científicos, Resenhas Literárias, fiz conferências de varia ordem, representei o Brasil e a Língua Portuguesa no Festival Internacional de Poesia de Gênova. Incentivado por Fernanda Maria, minha filha e por Marcos, meu filho, e que digita tudo que produzo, muito tardiamente resolvi-me a publicar meus livros de Poesia.
Acompanho, com entusiasmo, o surgimento de pessoas verdadeiramente vocacionadas para a criatividade literária. Li, comovido e grato, o generoso artigo de Vicentônio Regis do Nascimento Silva “Simplesmente Poesia”. Honra-me, muito, ver, por vezes, artigos dele e meus, voltados para a criatividade artística, que nele, indiscutivamente, é um dom, uma vocação, um percurso crescente.
Vicentônio começa de onde muitos escritores desejariam arrematar a vida artística.
Credito à generosidade de poeta, sempre prontos a apoiar seus confrades, o bem que disse de mim, e que eu, “hombre humilde y errante”, só agora, após meses de cuidados médicos, posso agradecer.
Juscelino dizia que “Deus me poupou do medo”, A nós, poetas, Deus nos poupou da inveja, do rancor e da indiferença...
Assis, 18 de junho de 2009
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Fernanda e o poeta Almeida Prado
COMPARTILHADO
Solitário indivíduo estendo pontes
E solidário me faço além do espaço
Exíguo deste corpo agreste e lasso,
Navegando para além dos horizontes.
Compartilhada vida só em parte
Pois que, por outra parte, fujo à ilha,
E desfruto a perpétua maravilha
De à angusta solidão fugir com arte.
Solitário, mas sempre solidário,
Fugindo ao tempo precário e repartido,
No bem do amor encontro o meu sacrário
E tudo o que é bem meu eu condivido
Não vendo noutro ser algo contrário
Mas o que faz o inferno suprimido.
Assis, 15 de junho de 2007
Antônio Lázaro de Almeida Prado
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Interlúdio paulistano (1)
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Interlúdio paulistano (2)
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Um comentário:
Caro professor Almeida Prado,
Com grande satisfação, alegria e emoção - emoção verdadeira, sem acrescentar a estética literária - li seu texto.
Fico-lhe real e absolutamente grato por sua escrita de poeta, elaborada e concebida no onírico "ciclo das chamas".
Telefonei para o senhor algumas vezes para saber de sua saúde. As pessoas que me atenderam disseram-me que o senhor estava melhor. Não quis incomodá-lo de modo que pudesse descansar e recuperar-se o que, agora, vejo que já o fez.
Mais uma vez agradeço-lhe publicamente por sua atenção e por sua leitura de meus textos, desde já convidando-ME a visitá-lo ainda neste regriferado mês de julho.
Em breve entrarei em contato.
Melhoras a um guerreiro literário permanente e eterno.
Grande abraço,
Vicentônio Regis do Nascimento Silva.
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