sábado, 4 de julho de 2009
SE EU TIVER QUE PARTIR...
SE EU TIVER QUE PARTIR...
(Para Themis)
Se eu tiver que partir, que seja à noite,
Quando inda restam a esperança e o anseio
De, cedo, reencontrar-me nos teus sonhos.
Se eu tiver que partir, que seja à noite...
De noite, tu dirás que apenas durmo,
Que após rápido sono, curta ausência,
Hei-de voltar para o marcado encontro...
Se eu tiver que partir, que seja à noite...
De dia, não será, porque de dia
Sabemos que o navio parte, e não volta...
Se eu tiver que partir, que seja à noite...
Então, tu poderás fechar-me os olhos,
Beijar-me o rosto, minha doce amada,
Porque te deixarei somente à noite...
Antônio Lázaro de Almeida Prado
Se io devo partir...
(Per Themis)
Se io devo partir, sia di notte,
Giacché mi resteranno speme ed ansia
Di, presto, ritrovarmi nei tuoi sogni.
Se io devo partir, sia di notte.
Di notte tu dirai che appena dormo,
Che, presto dopo il sonno, breve assenza,
Ritornerò per il previsto incontro...
Se io devo partir, sia di notte.
Di giorno non sarà perché di giorno
Sappiam che la partita nave non ritorna...
Se io devo partir, sia di notte.
Allor tu potrai chiudermi gli occhi,
Baciarmi in faccia, dolce amata mia,
Perché ti lascerò solo di notte...
Versione in lingua italiana del poema Se eu tiver que partir..., scritto nel 1951, a São Paulo (Brasil), fatta il 22 maggio 2008, nella città di Assis (Estado de São Paulo, Brasil).
Antônio Lázaro de Almeida Prado
IF I HAVE TO LEAVE...
If I have to leave, be it at nighttime,
When there still remain the hope and desire
Of, soon, meet myself in your dreams again.
If I have to leave, be it at nighttime...
If by night, you’ll may say I only sleep;
That after a slumber, so short absence,
I am to return for the date we’ve set...
If I have to leave, be it at nighttime...
Not by daylight, surely not, ‘cause we know,
The ship goes away and doesn’t get back...
If I have to leave, be it at nighttime...
You may then as you wish deep close my eyes,
Kiss my face, my dearest lovely sweetheart,
Because I’ll leave you only at nighttime...
Cycle of Flames and other poems
Antônio Lázaro de Almeida Prado
Tradução: Maria Luiza Palhas
.
COMPARTILHADO
Solitário indivíduo estendo pontes
E solidário me faço além do espaço
Exíguo deste corpo agreste e lasso,
Navegando para além dos horizontes.
Compartilhada vida só em parte
Pois que, por outra parte, fujo à ilha,
E desfruto a perpétua maravilha
De à angusta solidão fugir com arte.
Solitário, mas sempre solidário,
Fugindo ao tempo precário e repartido,
No bem do amor encontro o meu sacrário
E tudo o que é bem meu eu condivido
Não vendo noutro ser algo contrário
Mas o que faz o inferno suprimido.
Assis, 15 de junho de 2007
Antônio Lázaro de Almeida Prado
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Interlúdio paulistano (1)
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Interlúdio paulistano (2)
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